terça-feira, 29 de outubro de 2013

A ignorância insiste pairar entre nós

Tema: Leitura
Proposta: Crônica Narrativa

                          A ignorância insiste pairar entre nós
          É incrível como professores de redação são tão criativos.A minha, é claro, não é diferente. Ela inventou uma resenha do livro O pequeno Príncipe de Antonie Saint-Exupéry. Trata-se de uma obra literária muito famosa, mas não entre os adolescentes.
          Procurei tal livro na biblioteca da minha escola e me deparei com uma situação curiosa: todos meus amigos berravam, tentavam argumentar e alguns até choramingavam. Perguntei à minha amiga o que estava acontecendo e ela falou que só havia um DVD do Pequeno Príncipe e não tinha nenhum disponível na internet.
          Era óbvio que isso aconteceria. Ninguém se interessa em vasculhar prateleiras e prateleiras para encontrar um livro.Ninguém sabe o prazer de cheirar um livro novo. é isso mesmo. A situação dos "jovens antenados e atuais" de hoje é crítica. Peguei meu livro, que por sinal  estava intocável, e me retirei daquela sala. Aquela atmosfera ignorante me incomodava.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

                                               Mudança no padrão familiar
   O declínio das taxas de natalidade é um assunto muito discutido implicitamente. Com propagandas de orientação sexual, o governo conscientiza as pessoas gradativamente.Mesmo assim, jovens que não têm acesso à essas informações ou as desconsideram acabam tendo uma gravidez indesejada.
   Cerca de 70% das garotas presentes na ONG de apoio às adolescentes grávidas não tiveram planejamento familiar.A diferença quanto a classe social influencia nos conceitos familiares. Quanto mais informações, o casal ou a mulher pode optar por poucos filhos, visando a situação financeira e o cotidiano familiar. Já mulheres de baixa renda com pouca informação, ou não planejam ou têm filhos visando o Bolsa Família.
  As mais variadas informações devem ser apresentadas desde a infância, a fim de que a criança cresça com outra mentalidade a respeito do tema e prevenindo uma gravidez indesejada.
Exemplar

Pessoas de fuligem se escravizam.
Como tantas pessoas são tão tolas?
Sinto-me uma ninfa
que só é lembrada em raros momentos por heróis.
Sinto-me imprestável e desprezível.
Posso ser considerado extraordinário por alguns,
mas na visão de outros sou um EXTRA ordinário.
Será que aquelas coisas brilhantes
sabem tantas coisas como eu?
Não! Recuso-me acreditar em tal calúnia.
Só eu sei o que se passa no coração de Jasão,
o porquê de Aquiles vestir saia
e como Perseu matou a Medusa.
Só não sei o porquê dos homens serem tão tolos
e não me valorizarem.
Perdoe-os deuses! Eles não sabem o que fazem!


Esse poema fala sobre a leitura. O narrador é um livro. Um livro que observa em sua prateleira a movimentação de uma biblioteca. Onde pessoas que não têm grandes mentes ou que se escondem fazem o uso de tecnologia para responder rapidamente suas perguntas. O narrador se compara com uma ninfa porque essas criaturas mitológicas são lembradas raramente, o que as tornam imprestáveis e comuns. O narrador fala a respeito de alguns feitos na mitologia grega, o que é um indício que o livro em questão, é sobre a mitologia grega. No final ele faz uma prece aos deuses mitológicos utilizando uma característica cristã.

Bom, fiz esse poema para concorrer num concurso de poema em minha escola, mas a bibliotecária a desconsiderou por não apresentar o tema explicitamente. Não tive o direito nem de explicar minha criação. Enfim, agora estou produzindo outro. Se Deus quiser não tratará do assunto implicitamente.

domingo, 13 de outubro de 2013

Vaso

O vaso tinha a propriedade de quebrar-se e recompor-se.
Como um objeto tão frágil podia colecionar corações?
E como consegue quebrar tantos nove meses?
Não precisa se magoar e se vangloriar a cada vida perdida.
Qual destino o vaso tem?
À uma mera lixeira profunda
ou servir como exemplo para outros colecionadores de mágoas?
Vivo para entender melhor
Araújo, Samantha

sábado, 5 de outubro de 2013

Amazona

Ontem vi uma amazona sangrar
O sangue escorria como uma cachoeira.
Vi o desespero em seus olhos e, consequentemente, em seu coração.
A amazona não aguenta mais ser dilacerada pelo canto da flauta de Pan.
A amazona deixou cair sua criptonita e se pôs de joelhos a sua dor.
A amazona espera que essa estação passe rapidamente,
 a fim de que ela possa caminhar livremente entre os morangos do acampamento.